O que é e como funciona a secagem de grãos?

Procedimento fundamental no manuseio dos pellets, a secagem de grãos permite o armazenamento correto e a garantia de qualidade do produto. Saiba mais!

Como o nome sugere, a secagem de grãos é o processo cujo objetivo é diminuir a sua umidade. A vantagem de realizar esse procedimento é a geração de um produto de qualidade, adequado para estocagem e viável para venda a qualquer momento desejado.

Um requisito para realizar a secagem de grãos é a pré-limpeza do produto, para a remoção de impurezas e substâncias indesejadas. Essa etapa é tão importante quanto a própria secagem, já que sem ela o rendimento final pode cair bastante. 

A seguir, a secagem de grãos é realizada, preferencialmente de forma artificial, isto é, com o emprego de máquinas apropriadas para isso. Mas cada um dos tipos de secagens, seja com ou sem máquinas, tem suas características próprias.

Saber fazer o processo da forma correta gera economia de tempo, de mão de obra e de combustível, além da redução no risco de acidentes de trabalho, como incêndios. Perdas na pós-colheita dos grãos são bem acentuadas no Brasil, já que equivalem 25 a 30% do total produzido. Saiba mais sobre a secagem de grãos a seguir!

 

A física envolvida no processo de secagem de grãos

O princípio que explica esse processo é o do equilíbrio higroscópico. Esse fenômeno ocorre quando aumentamos tanto a temperatura do ar, que ele começa a buscar água do que estiver por perto. Então os grãos, que estão expostos a uma corrente de ar, acabam perdendo essa água, como se cedessem a umidade.

Embora a secagem natural seja possível, em que os grãos são colocados sob a radiação solar, ela não é a mais indicada por depender totalmente das condições climáticas da região. Essa dependência pode impactar diretamente na produtividade total.

Haja vista essa necessidade, foram criados vários equipamentos para a realização da secagem artificial dos grãos. Além de suprir essa necessidade de poder fazer o processo mesmo no inverno, a secagem de grãos se torna mais rápida e pode ser personalizada para ser realizada em diferentes temperaturas.

 

Como funciona a secagem de grãos artificial

Com as máquinas, as quais são chamadas simplesmente de secadores, a redução da umidade dos grãos se dá com a exposição deles a um fluxo de ar que pode ser: estacionário, fluxo contínuo ou fluxo intermitente.


Fluxo estacionário

Nesse sistema, o fluxo não movimenta os grãos. E ocorrem dois eventos: o calor sai da fonte e se dirige até à câmara de secagem, onde estão os grãos, e a umidade retirada é conduzida para fora do sistema dando assim continuidade no funcionamento.


Fluxo contínuo

Aqui o produto entra no secador, mas sai relativamente frio, além de seco. Normalmente, a máquina tem um formato composto de calhas para que os grãos passem uma única vez e lentamente pelo equipamento, em um tempo suficiente para perderem o excesso de água. 

Uma particularidade desse sistema é que os grãos só podem ter umidade de até 18% BU (Base Úmida), unidade que mensura o grau de umidade.


Fluxo intermitente

Nesse sistema, em que há repetidas exposições ao ar quente, os grãos devem ter teor de umidade acima de 18%. 

Pode ser no modo lento, adaptado diretamente dos secadores contínuos, e no modo rápido, onde as sementes passam pelo ar quente em períodos mais rápidos e frequentes.


Variáveis envolvidas na secagem

Para mensurar o desempenho do processo, é interessante conhecer algumas variáveis para acompanhamento, como:


Tempo de secagem

Apesar de ser impossível calcular precisamente o tempo de secagem, existem muitos elementos que, quando monitorados, permitem o sucesso do procedimento. São alguns deles:

  • Umidade do ar secante na saída da máquina;
  • Umidade do ar imediatamente após a passagem dos grãos por ele;
  • Grau de limpeza dos grãos;
  • Intensidade do fluxo.


Danos pós-secagem

Dependendo da máquina, os grãos podem ser movimentados excessivamente, sofrerem danos mecânicos e também choques térmicos e hídricos. Para evitar, é interessante priorizar o Fluxo Contínuo sempre que possível.


Impregnação de contaminantes

Materiais orgânicos, no geral, são de combustão difícil e incompleta, o que libera muita fuligem e outros contaminantes; isso pode ser o responsável pela alteração de cheiro e de sabor dos grãos. Estude o melhor combustível.

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